sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


Breve vida, como só ela sabe ser


Teu coração jorra poeira;
(sarcasticamente, parecem chorar por você.)
Tens na boca sabor de solidão.

Tal qual um filme antigo
vives em pequenos espaços
de cenas mudas, quadros silenciosos
de uma vida que não escolheras

Nada mais te espantas que o ranger de relógios
que trabalham contra todas as tuas vontades
as engrenagens esmagam teus sonhos
espalham poeira, a tua poeira, no chão.

E tua vida passa, porque assim o é.
Liberto das crendices de outrora,
sabes que o divino encanto é irreal.
Aceita a morte como única condição da consciência
E dormes deixando saudades em quem te ama.

(Texto de Guilherme Maffa Feitoza extraído da Revista Cult/nº148 - Julho de 2010 - Ano 13 - Oficina Literária voltada para a publicação de inéditos/página 66)
Clarissa

Clarissa brinca de ser criança...

Clarissa dança tanto que, se pudesse, terminava a vida sem terminar

Clarissa transpira tanta paixão, tanta ternura que faz a vida ter sentido

só pra ver Clarissa uma única vez...

Mas, Clarissa brinca de ser criança...

criança manhosa e perfídia.

Nos passos de uma valsa, Clarissa envolve, amarra, encanta...Não abre mão de

ser Clarissa. E desperta paixões impossíveis, criança perfídia...

Quando olhares Clarissa a dançar, tenhas certeza de que não há nada mais belo.

Nem mais cruel. Porque Clarissa envolve, amarra, encanta...

E deixa-te só, numa paixão efêmera de infância.

(Texto de Guilherme Maffa Feitoza extraído da Revista Cult/nº148 - Julho de 2010 - Ano 13 - Oficina Literária voltada para a publicação de inéditos/página 66)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010



Deus, ajudai-me a dizer a verdade para o forte e a esquivar-me de contar mentiras para ganhar o aplauso do fraco. Se me derdes fortuna, não me tireis a razão. Se me derdes sucesso, não me tireis a humildade. Se me derdes humildade, não me tireis a dignidade. Deus, ajudai-me a ver o outro lado da moeda. Não me deixeis acusar outros de traição só porque não pensam como eu. Deus, ensinai-me amar as pessoas como amo a mim mesmo e a julgar a mim mesmo como julgo os outros. Por Favor, não me deixeis ser orgulhoso se for bem-sucedido, ou cair em desespero se fracassar. Recordai-me de que o fracasso é a experiência que precede o triunfo. Ensinai-me que perdoar é o mais importante no forte e que vingança é o sinal mais primitivo do fraco. Se me tirardes meu sucesso, deixai-me manter minha força para conseguir sucesso a partir do fracasso. Se eu falhar com as pessoas, dai-me coragem para me desculpar, e se as pessoas falharem comigo, dai-me coragem para perdoá-las. Deus, se eu me esquecer de vós, por favor, não vos esqueçais de mim.


(Texto de Mahatma Gandhi - extraído do livro EU de Martin, Ricky - Editora Planeta do Brasil/2010)