quarta-feira, 13 de maio de 2009

Confissões...

Estou lendo o livro Confissões de Darcy Ribeiro, da Editora Companhia das Letras, e quero compartilhar com vocês dois pequenos textos citados no livro. O primeiro é de Santo Agostinho, "As confissões" do Século V.:


Recebe este livro de minhas Confissões que tanto desejaste. Contempla-me nelas, para que não me louves mais do que sou. Julga-me não pelo que os outros dizem de mim, mas pelo que eu digo nelas. Contempla-me nelas e vê o que fui, na realidade, quando estive abandonado a mim mesmo..."


O segundo texto é de J.J Rousseau, "As confissões", de 1764, onde ele cita:


"Tomo uma resolução de que jamais houve exemplo e que não terá imitador. Quero mostrar aos meus semelhantes um homem em toda a verdade de sua natureza, e esse homem serei eu.

Somente eu. Conheço meu coração e conheço os homens. Não sou da mesma massa daqueles com que lidei; ouso crer que não sou feito como os outros. Mesmo que não tenha maior mérito, pelo menos sou diferente.

Se a natureza fez bem ou mal quando quebrou a fôrma em que me moldou, é o que poderão julgar somente depois que me tiverem lido..."


Reflita sobre isso e perceba que ninguém poderá revelar-vos nada senão o que já está meio adormecido na aurora do vosso entendimento. Boa quarta-feira a todos!

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