sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PREVISÕES E PROFECIAS




A crença numa paixão imortal é o sinal mais claro da generosidade e do orgulho que ajudam a enfrentar a certeza do sofrimento e da culpa. essa dupla que constitui o centro da vida humana.



(Trecho da matéria de Roberto da Matta, publicada no Jornal O Estado de São Paulo do dia 06 de outubro de 2010, D12, caderno 2.)
Em entrevista Cláudia Raia recém-separada fala um pouco sobre a nossa fase que esta vivendo...




Você acaba de passar por uma separação (do ator Edson Celulari) e ficou na mira das fofocas. Ainda fica aflita quando vê coisas sobre a vida pessoal?


Ah, sempre dá aflição, principalmente porque quase tudo é mentira. Mas não sou escrava do que dizem ao meu respeito, ainda mais neste momento, em que cada hora me arranjam um namorado. Até o final da novela, já me botaram namorando o elenco inteiro! É chato... Mas até que nos trataram com respeito durante a separação. Nos pouparam e a gente soube conduzir. Acho que as pessoas entenderam que não é toda separação que precisa ter barraco, confusão, sangue.


Fiquei pensando que é muito doido você se separar e ter de soltar um comunicado oficial sobre isso.


A gente pensou que o comunicado nos traria o benefício da não-especulação. É mais doido ainda você ficar explicando como é que está tão bem. Mas eu é que não vou ficar contando o que acontece quando eu chego em casa. O luto é meu. Toda transformação dói, mas a vida tem de andar.




Trechos da Entrevista de Cláudia Raia, publicada no jornal o Estado de São Paulo, do dia 10 a 16 de outubro de 2010, capa/tv.

terça-feira, 26 de outubro de 2010


Lição de Vida

Entrevista/Ignez Baptistella
De dona de casa a mochileira: uma virada pessoal que rendeu livro




Na data de seu aniversário de 80 anos, dia 9 de agosto, Ignez Baptistella lançou Voo Livre - A História de uma Mulher que Ousou Enfrentar o Mundo. Seu livro serviu como uma resposta para as muitas pessoas que a criticaram e a chamaram de louca. Motivo: ela, uma dona de casa, mãe de seis filhos, deu um basta no casamento de 27 anos, aparentemente perfeito, abdicando de vida confortável para simplesmente viver - e destituída dos bens e pensão.


Com os rebentos bem-criados, aos 50 anos, ela juntou o pouco que tinha e rumou para Londres com a intenção de estudar inglês. Para quem vivia em função da família, a decisão de virar a mesa foi um ato de heroísmo. Além da enxurrada de críticas, a cidade onde morava (e mora atualmente), Araras, interior de São Paulo, ficou em polvorosa. Ignez foi excluída da sociedade, da família e ainda foi tachada de louca.


Ela, porém, não se intimidou e se mandou para a Europa com uma mochila nas costas, sem saber uma palavra em inglês. Com coragem e determinação, matriculou-se em uma escola e passou a se manter com bicos. Fez de tudo: de babá a faxineira. Com o que ganhava, viajou por vários países, sempre sozinha. Tirou certificado de proficiência em inglês pela conceituada Universidade de Cambridge.

Após quase 10 anos na estrada, Ignez volta ao Brasil e até hoje se sustenta dando aulas particulares do idioma. É essa história - inspiradora - que ela conta em seu livro.

Parte do artigo "Lição de vida", publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 10 de outubro de 2010.
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,licao-de-vida,622335...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ausência de limite condunde, diz Psicóloga

Cada vez mais a publicidade se volta às crianças, que ainda não têm condições de atribuir valor às coisas .

Para educadores e psicólogos, a diminuição das barreiras entre o mundo adulto e o mundo infantil provoca uma confusão do papel e do lugar da criança na sociedade.

Surgem, assim, crianças "adultizadas" e, anos depois, adultos "infantilizados"."

Quando você pula uma etapa da vida, essa etapa volta, em algum outro momento", afirma Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha.

O acesso indiscriminado a conteúdo adulto na TV, internet, nos jogos eletrônicos e o consumo são alguns dos principais responsáveis por esse processo. Se é impossível -e até indesejável- barrar completamente o acesso à mídia e às novas tecnologias, o ideal é que haja um acompanhamento e controle dos pais, dizem especialistas.

"Se uma criança vê uma cena de novela ou um trecho do jornal, os adultos devem conversar, explicar o contexto, deixar claro o que é certo e errado, o que é do universo dos adultos e o que diz respeito à criança", afirma a educadora Maria Ângela Barbato, professora da PUC-SP.

Mas isso nem sempre acontece. "Os pais têm pouco tempo com os filhos. É mais fácil deixar a criança fazer o que quiser", ressalta Rosely.

"A família precisa ter um conjunto de valores muito sólidos e passar isso de forma clara para as crianças", afirma a socióloga e educadora Gisela Wajskop, diretora do instituto de pedagogia Singularidades. "É a única forma de não ceder aos apelos do mercado", completa.


Para ela, negociar o uso dos meios de comunicação e jogos eletrônicos, em vez de simplesmente proibir, tem papel importante na educação, pois estabelece limites e permite que a criança reconheça a autoridade dos pais.

"Quando a criança e o adulto têm o mesmo poder de decisão sobre o que será consumido, o tipo de atividade que a família vai fazer, há uma grande confusão de papéis. Os adultos é que devem dar as regras do jogo", diz.
O apelo da publicidade, que mira cada vez mais o público infantil, é outro tema ao qual os pais precisam ficar atentos, de acordo com especialistas ouvidos pela Folha."Em vez de criarmos cidadãos, estamos formando pequenos consumidores. Só que as crianças não estão prontas para isso, não sabem atribuir valor às coisas", afirma Laís Fontenelle, coordenadora de educação do Instituto Alana, ONG que combate o consumismo infantil. "Isso é tarefa dos pais", diz."

O ato de comprar vira um jogo, e as crianças não dão valor ao objeto da compra. A escolha do que vai ser consumido deve ser sempre dos pais", defende Rosely.


(Matéria Publicada na Folha de S. Paulo, Cotidiano, C3 de 10/10/2010, por Letícia de Castro)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os Benefícios de escrever à mão

A ciência comprova que redigir textos de próprio punho melhora o raciocínio, a linguagem e a memória.


A estudante de aviação civil Giovanna Vieira faz parte da geração que já nasceu conectada. Aos 19 anos de idade, ela passa pelo menos duas horas por dia na frente do computador e carrega para cima e para baixo seu celular com tela sensível ao toque. Mesmo declarando-se uma adepta das mensagens de texto e e-mails como forma de comunicação, Giovanna matriculou-se há um mês e meio na Escola de Caligrafia De Franco, uma das mais antigas de São Paulo. “Decidi fazer caligrafia porque achava minha letra muito feia”, conta ela. “No começo, meus amigos disseram que isso era coisa de velho, mas hoje eles até elogiam meu avanço.”


Segundo estudos recentes das Universidades de Indiana e Washington, nos Estados Unidos, a atitude de Giovanna não só ajudará a melhorar sua letra como também poderá garantir a saúde de seu cérebro. Utilizando um aparelho de ressonância magnética, os pesquisadores do departamento de psicologia e neurociência da Universidade de Indiana detectaram maior atividade neural no cérebro de crianças que haviam praticado a escrita à mão, em comparação com aquelas que apenas observavam letras numa tela. Já as imagens de cérebros de adultos analisadas pela Universidade de Washington indicaram que os movimentos sequenciais das mãos necessários para a escrita, ativam as áreas cerebrais responsáveis pelo raciocínio, linguagem e processamento da memória.


Com a popularização dos notebooks, smartphones e tablets, era de se esperar que a escrita à mão caísse em desuso, mas o professor Antonio De Franco Neto – há 45 anos no ensino da caligrafia, ofício herdado do pai e do avô – diz não temer os avanços da tecnologia. “O computador surgiu para auxiliar a escrita, não para substituí-la”, acredita ele, que tem cerca de mil alunos matriculados no curso. “Com a maior exigência dos vestibulares e concursos, os estudantes de hoje têm procurado melhorar sua escrita”, afirma. A maioria dos alunos de sua escola é composta de jovens a partir dos 11 anos, a idade em que a letra da pessoa amadurece, segundo De Franco.


Curiosamente, os eletrônicos modernos também podem, de forma inesperada, ajudar a perpetuar a caligrafia. No mercado americano já estão disponíveis aplicativos como o “WritePad”. Ao custo de US$ 3,99, o programa transforma palavras escritas na tela, com o dedo ou caneta, em textos digitais, que podem ser usados em mensagens e e-mails. Outro aplicativo, chamado “abc PocketPhonics”, de US$ 1,99, funciona como um jogo, que estimula as crianças pequenas a desenhar letras com os dedos na tela. É a caligrafia a serviço dos novos tempos.



(Texto extraído da Revista Isto É do dia 20/10/2010, Ano 34, nº2136, pag.76)

Gotas de Sabedoria



"Nós somos feitos da mesma matéria que os sonhos,

e nossa pequena vida é circundada pelo sono"

William Shakespeare


"Há sempre alguma loucura no amor.

Mas há sempre também alguma razão na loucura"

Friedrich Nietzsche


"Há duas tragédias na vida.

Uma é não alcançar o que seu coração deseja.

A outra é alcançá-lo"

Bernard Shaw


(Frases extraídas da Revista Filosofia Especial, ano I, Nº6, pag.82. Editora Escala)