quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dize-me o que perguntas, dir-te-ei quem és!

Shakespeare faz um resumo estonteante: “Quando eu me pergunto quem sou eu, sou o que pergunta ou o que não sabe a resposta?”
E, no entanto, caro leitor. A maior e a mais arriscada pergunta que podemos fazer e que, de fato, fazemos a todo momento uns aos outros, é a que Cole Porter, produz na música In the still of the night, quando indaga: Do you Love me, as I Love you? (Você me ama tanto quanto eu te amo?). Acreditar ou não numa resposta perfeita a essa questão; ter coragem de fazê-la; viver sem uma resposta é – eu não tenho a menor dúvida – o que nos torna perfeitamente humanos.

Trecho do texto "A Coluna em Questões" de Roberto Damatta, publicado no jornal "O Estado de S. Paulo" - Carderno2, pág.D10 em 18/06/2010

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